09/04/2021

5 dicas para lidar com a ansiedade infantil

Você sabia que aproximadamente 10% de todas as crianças e adolescentes têm ou terão algum tipo de transtorno de ansiedade? O dado faz parte de uma pesquisa publicada por Fernando Asbahr, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

“Ter ansiedade é normal. Nossa espécie sente medo e ansiedade frente ao perigo. O problema é quando esse sentimento é desproporcional frente à situação em si”, explicou Asbahr ao jornal da USP.  

A ansiedade é um sentimento comum na vida de qualquer pessoa, seja ela adulto ou criança, e que não é uma patologia clínica, mas emoção natural que precisa ser acompanhada de perto para que não haja desdobramentos mais sérios.

+ Principais sintomas de ansiedade

O diagnóstico de ansiedade é "mais fácil" de ser detectado em indivíduos adultos, pois temos uma linguagem mais elaborada, que nos proporciona a facilidade de nos comunicar melhor, mas quando ela acontece com uma criança o processo pode ser um pouco mais complicado.

A realidade de crianças que passam por esse transtorno tem alarmado psicólogos e estudiosos do mundo todo, e por isso hoje vamos te dar cinco dicas de como lidar com a ansiedade infantil.

Nesses casos, é preciso ficar atento a sintomas e sinais para buscar um apoio o mais breve possível, eles podem ser:

1. Conheça os sintomas da ansiedade infantil

•Irritabilidade e/ou agressividade excessiva;

•Alterações de hábitos cotidianos;

•Impaciência com os familiares ou coleguinhas;

•Dificuldade de concentração;

•Alterações no apetite;

•Queda no rendimento escolar.

2. Pesquise os motivos por trás da ansiedade

Identificar previamente os motivos que causaram a ansiedade te dará condições favoráveis para estabelecer um diálogo direto com a criança, e assim buscar alternativas para resolver a questão, seja ela sozinho(a) ou com apoio de algum profissional especializado.

3. Apoie em vez de julgar ou reprimir

Caso seu filho estiver demonstrando sintomas de que está com ansiedade, o primeiro passo (além de entender os motivos) é ajudá-lo a enfrentar a questão mantendo uma linha de comunicação aberta para o diálogo e o acolhimento.

Tratamentos radicais para superar a ansiedade não vão ajudar em nada nesse momento, pelo contrário, só fará a criança se fechar mais e você ou qualquer outra pessoa podem encontrar dificuldades para reestabelecer esse vínculo.

No lugar disso, portanto, é importante que os pais se mantenham tranquilos e ajam de modo a mostrar ao filho que há um espaço seguro e amoroso.

4. Desenvolva um diálogo aberto

O tempo de acolhimento e o diálogo são importantes ferramentas para identificar os sintomas que causaram o trauma.

Sendo assim, procure estar sempre aberto (a) a escutar a criança quando ela lhe procurar para desabafar a respeito de alguma questão que a incomode.

Isso pode ser desde alguma situação ocorrida na rotina ou até mesmo uma possível crise de ciúmes com a chegada de um irmãozinho, se for o caso.

Outra dica legal é sempre fazer elogios construtivos, pois o reforço positivo pode ser muito importante para trazer de volta a autoconfiança que possivelmente tenha sido abalada com a ansiedade.

5. Desenvolva atividades relaxantes

Em momentos de ansiedade os pais podem praticar atividades que ajudem no controle dos sintomas de medo e preocupação, tais como:

•Peça para o pequeno se deitar de barriga para cima;

•Coloque algum objeto em cima de sua barriga, como um urso de pelúcia ou a própria mão;

•Oriente a criança a respirar profundamente.

Sendo assim, é importante ficar atento ao temperamento de seus filhos e a forma como reagem a cada situação.

Assim, ficará mais fácil de saber qual é a melhor forma de lidar com eles e compreendê-los, ajudando a enfrentar situações que provocam ansiedade.

Até porque, as circunstâncias, sejam elas positivas ou negativas, os acompanharão por toda a vida.

Se nós, adultos, precisamos de auxílio para enfrentar os medos, imaginem os pequenos?

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Texto: Isabela Reis

Revisão: Carolina Almeida


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